Amor á bola



O Dr. Rui, o Ruizinho, desde sempre gostou de desporto. Coitadito do Ruizinho, era um mal jeitoso, tentou praticar vários desportos, mas era um desastre em todos eles. Ruizinho tinha um dom, conseguia discursar sobre desporto durante horas a fio, usavando palavras inventadas, derivadas, que não faziam sentido nem juntas, nem separadas, nem desamalgamadas, desconchavadas, desamassadas, desamarrotadas … etc.
O Futebol. O futebol e levar na tromba eram as paixões do Ruizinho, nunca tinha dado um pontapé numa bola, apesar de já ter tido contacto com algumas (na tromba eram o prato do dia na secundária dos Olivais, olha lá vai o “caixa d’óculos”, pimba bolada nos cornos), mas já a mandar bitaites sobre o desporto rei, isso sim era com ele.
O Ruizinho fez-se doutor, Poesia filosófica do Soccer, curso tirado pela net num site lá dos States. Nunca tinha namorado até aos 30 anos, quando, por motivos profissionais, deu de trombas com uma grande desportista, a qual confundiu com um cacifo nos balneários da Sique. Ela, do tamanho de uma estante Besta daquelas da Moviflor Sueca, não achou graçola e “arrebentou-le” a fronha. Ele, de óculos caídos, caído de quatro, e caído de amores, chorou! Anda cá meu pequenito, disse ela com uma voz um pouco “aRambalhada”, espetando-lhe o nariz entre os peitorais e levantando-o do chão pelos glúteos, eu dou-te colo.
Os tempos mudam, eles não, ainda hoje gostam de ver o domingo desportivo juntos, a beber um batido, daqueles pra crescer, ele vai dando bitaites e palpites, ela vai arreando-lhe porrada, ele chora, ela dá-lhe colo. “Não chores Ruizinho, hás-de ser um homenzinho”.

Amor S - M - L - XL Parte II


O Liliputiano Ping Ping, cansado e farto, de ser escravo da vida doméstica de limpar rodapés; decide pôr um ponto final na sua relação Homogigantosexual e decide partir para outra. Conheceu-a num bar de strip. длиной (Comprida pa caramba, em russo) fazia as vezes de varão quando este ia a desenferrujar. длиной vinha do país das Matrioshkas e era viciada em sexo e em comer feijões mágicos dahistóriadagalinhadosovosdouro, engraçou com o pequeno ser e este não se fez rogado. Nunca se tinha sentido usado e abusado como brinquedo sexual, gostou, excepto quando ela que enfiou duas pilhas pelo cu acima e lhe pediu para tremer. Adoravam sair à rua juntos, ela usava-o como alfinete de peito, anel, ou pincel para o blush. Davam-se tão bem, apesar de nenhum perceber porra nenhuma do que o outro dizia. Não pela barreira linguística, mas porque não se conseguiam fazer ouvir, principalmente em dias de nuvens baixas. As filhas de длиной de 2 e 3 anos respectivamente deliravam com Ping Ping, ele fazia muitas mais coisas que o Nenuco Bolhinhas que tinham pedido pelo Natal, despiam-no, vestiam-no, davam-lhe papinhas de plasticina e enfiavam-lhe blocos de lego no nariz. Ele nunca tinha sido tão manipulado na vida, lá em casa era o centro das atenções, era o objecto de brincadeira das pequenas, e o objecto sexual e de vaidade de длиной, até o Boris o pequeno gato da familia lhe fazia a vida negra. Mas estava feliz, agora tinha uma família, era o macho da casa, tinha atenção, amor, nódoas negras, pilhas alcalinas no rabo, e roupinhas e adereços de Nenucos, Barriguitas e pequenos póneis!

Amor na 4ª idade



O Manoel conheceu Aniki nas filmagens do seu milionésimo septuagésimo terceiro filme, quando entrou de rompante pelos camarins e a apanhou despida toda nua segurando na ponta das falanges um sensual cinto de ligasduras. Ela tinha sido linda em 2643 a.c., ele embora não parecesse, era mais novo, mas gostava de mulheres maduras, até mesmo ... podres!
Como presente de noivado o Manô ofertou-lhe um lindo colar de contas de naftalina que, além de lhe tirar o cheiro a mofo e de lhe afugentar as traças das entranhas, lhe ficava muito bem junto ao tórax.
Manô e Aniki casaram e compraram uma pirâmide desenhada pelo Arqº. Tomás Taveira. Aos domingos gostavam de ficar sepultados até tarde, e de brincar aos salteadores. Ele salteava-lhe à espinha e ela salteava-lhe batatinhas para o almoço. Passavam as tarde entretidos a jogar Age of Empires no Magalhães dele e nem davam pelos anos passar.

Amor S - M - L - XL


O Livro tinha acabado de ser posto à venda e ocupava todas as montras de rua de uma pequena livraria lá prós lados de ... Liliput. O grande Livro dos Recordes do Guiness.
Um estava presente, como o mais alto, o outro, o mais pequenino, estava semi-pisado pelo sapato 72 na fila para a caixa de pagamento. O esgar de dor e o guincho do pobre e pequeno coitado subiram ao cume da cabeçorra (de Carnaval de Torres) do gigantone, que , lentamente levantou o pé e raspou o liliputiano na prateleira de livros mais próxima.
Tão querido!!! Exclamou, endireitando-o e raspando com a unha mindinha a totalidade do fato do pequenino ser. Vou levar-te para minha casa, vou tratar de ti, mimar-te e dar-te folhinhas de alface. Tirou uma peúga, envolveu o seu novo amiguinho e levou-o, na algibeira pois tinha as mãos ocupadas com o Grande Livro do Guiness.
Vivem numa casa feita á medida, de um e de outro, felizes, e com a esperança de que o Sócrates um dia os deixe casar.

Amor réptiloide



Eis o novo casalinho da moda, a Sr.ª Maria José Valério, conhecida autora (ou não) da marcha dos lagartos e o Lizard Man (só conhecido por quem visita circos de atrocidades).
Conheceram-se na véspera de um jogo do Spórtem em pleno relvado, ela ensaiava a unica música que se lhe conhece (para não se esquecer da letra) enquanto ele, de lingua em riste tentava exterminar a praga que ia dando cabo do relvado de Alvalade.
O casamento foi lindo! O reptilário do Zoo de Lisboa estava à temperatura ideal para este tipo de bicheza se sentir em casa. Cobras e lagartos, lagartixas, sapos e batráquios, bichos de escamas, de gosma e visco, estavam todos expectantes para ver a noiva. Eis que ela entra, de verde vestida com um véu, assim pró escamoso, ele, no altar fazia a lingua silvar e enchia e desenchia o papo ... foi lindo. O bolo, de mosca com cobertura de teia e asinhas de enfeite, com três andares estava delicioso.
A lua de mel foi passada numa pousada naturista nos pântanos da Venezuela, de escamas ao léu, e sempre de linguas dadas, sonhavam em viver numa tóquinha lá prós lados do Campo Grande.

Amor espiritual!



Ui que bonzinhos que eles eram! A troca de olhares era constante, sim, meigos e bonzinhos ...
Decidiram não se casar pq em Calcutá, onde namoravam às escondidas, não havia tendas tipo Cangalho. O celibato era opção, ou passou a ser, pq os vizinhos queixavam-se do chocalhar de ossos noite dentro.

Davam-se bem, em casa bastava o pão e a água, e quanto a roupas nem é bom falar, só não vestiam as roupas um do outro pq a Madre não gostava do cheiro a chamuça. Mas eram uns queridos.
Ele é que cozinhava (só o pão, a manteiga era do Lidl) e fazia a lida da casa, ela por sua vez, partia de manhã cedo na sua pickup para ir ao Marc (Mercado abastecedor da região de Calcutá) comprar produtos gourmet para distribuir pela população carênciada lá do bairro.
A primeira, e ultima vez que foram vistos em aceso namorico foi no dia dos namorados no restaurante Chinês, a partilharem um porco doce com ar guloso e terno.
Onde quer que estejam, desejo-vos sorte na relação...

Por amor ou por interesse ?

Estão outra vez na moda os casamentos entre figurinhas mediáticas que aos nossos olhos pouco ou nada têm a ver um com o outro. Como exemplo os recém noticiados envolvimentos, de Carla Bruni com Nicolas Sarkozy, ou mesmo Naomi Campbell com Hugo Chávez. Será que estão juntos por amor, interesse, ou por qualquer outra razão pela qual o destino os tenha feito tropeçar um no outro?
Este site tem como conceito a publicação de propostas para possíveis e futuros casais. Aceitam-se todo o tipo de casais, gays, lésbicos, triângulos amorosos, novos com velhos, mortos com vivos, humanos com personagens de B.D.... etc. Quanto mais estapafúrdios o melhor !!! Têm é que ter uma estória, acontecimento ou justificação. Boas ideias, boas fotos e boas estórias é o que se pretende.